A crise provocada pela Covid-19 exige muito trabalho, solidariedade e estratégias que façam o mercado atravessar esse momento da melhor forma possível. Alguns exemplos que podem inspirar outras empresas e profissionais são os da Telhanorte, um dos principais nomes do setor de construção.
Juliano Ohta, diretor-geral da empresa, contou o que a marca tem feito nas últimas semanas para diminuir o impacto do novo coronavírus na vida de clientes, colaboradores e fornecedores. Ele conversou com a diretora da Feicon Batimat, Mayra Nardy, em live realizada pela página do evento.
O executivo contou mais sobre as ações da Telhanorte para manter o equilíbrio dos negócios, a responsabilidade e o foco em servir aos consumidores. Afinal, o momento demanda adaptações e mudanças que podem trazer oportunidades de aprendizado e inspiração para todo o setor de varejo da construção civil.
Por isso, veja agora os exemplos concretos da Telhanorte para enfrentar o impacto da Covid-19 na economia!
Entenda que não existe situação ideal
Juliano Ohta acredita que o momento traz inúmeros desafios e, por causa disso, não existe uma situação que seja a ideal. “Estamos acostumados a cumprir metas e objetivos, e varejistas atualmente não estão conseguindo bater metas de vendas, por exemplo. Dessa forma, criamos consciência sobre a precariedade que a situação traz, além dos riscos e desafios. É importante que cada um entenda que, nesse momento, todos precisam ceder”, afirma.
É importante que cada um entenda que, nesse momento, todos precisam ceder
Governo, parceiros e empresas devem “buscar uma situação que seja a menos pior possível, de forma global e fazendo um exercício de equilíbrio”, afirma o diretor-geral da Telhanorte. “Devemos tentar equilibrar tudo para que todos saiam com o menor dano possível”.
Ao mesmo tempo, o executivo afirma que é fundamental agir com responsabilidade em relação à saúde das pessoas. “Fomos o primeiro homecenter a fechar 100% das lojas, antes mesmo dos decretos para fechamento do comércio. Para a reabertura [que foi definida por lei semanas depois], reabrimos de maneira gradual e responsável, avaliando os riscos”, disse Ohta.
Todos estamos na mesma tempestade
Em meio à crise causada pela Covid-19, não estamos todos no mesmo barco, afinal cada empresa e cada pessoa tem diferentes circunstâncias. Apesar disso, “estamos todos sob a mesma tempestade”, acredita o diretor-geral da Telhanorte.
“Por isso, damos contexto e falamos aos nossos funcionários qual é a direção que tomaremos durante essa tempestade. Faço uma live semanal com os 4 mil colaboradores para mostrar os direcionamentos, compartilhar decisões e manter a transparência”, afirma.
O momento também exige trabalhar para diminuir erros. “Não podemos errar na execução das medidas de prevenção das lojas da Telhanorte que reabriram. Por isso, alinhamos as execuções e investimos também para que os clientes não saiam de casa”, complementa Ohta.
A rede também reforçou seu e-commerce e passou a oferecer frete grátis para profissionais de saúde. Ao mesmo tempo, adotou medidas relacionadas à higienização das lojas, uso de máscaras pelos funcionários, sinalização de distância nos corredores e aviso de boas práticas para evitar aglomerações, além da instalação de painéis de acrílico nos caixas. Além disso, Telhanorte e Leroy Merlin se uniram para construir 80 leitos na Santa Casa de Misericórdia de São Paulo, além de doarem produtos e EPIs para as equipes médicas.
Outros aprendizados da Telhanorte durante a crise
“Esse momento, assim como todas as crises, serve para revelar muitas coisas. Ele pode transformar e revelar comportamentos que normalmente não enxergamos, e esta crise gerada pela Covid-19 tem mostrado a responsabilidade social das empresas. Além disso, mostra que as empresas são feitas de pessoas, que elas são o coração de uma marca, e que os negócios são, antes de mais nada, humanos”, acredita o diretor-geral da Telhanorte.
Para ele, “por mais que o varejo tenha virado um negócio high-tech, a crise ensina que o coração do varejo ainda é formado por seres humanos. Por mais que a compra seja online, o contato ainda é humano e isso faz toda a diferença”. Por fim, Juliano Ohta acredita que é fundamental obter aprendizados durante a pandemia. “Estamos fazendo de tudo para sair mais preparados para o que vem depois. No setor de construção civil, não será um retorno fácil, mas estou confiante porque a crise está nos preparando para sairmos dessa mais fortes”.